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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

A volatilidade no mercado de acções no sector da saúde - caso de estudo (Ébola)

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Tradicionalmente a área da saúde e dos bens de consumo básicos são tidas como aquelas em que as acções se seguram melhor em momentos de queda dos mercados. São portanto as mais conservadoras. No entanto, como em tudo, há excepções à regra. É o caso de quando as expectativas não se confirmam em empresas em que se antecipa grande potencial de valorização.

Acções da Chimerix Inc após confirmação da morte do doente
Aquele que foi o primeiro paciente diagnosticado com o vírus Ébola nos EUA estava a ser tratado com um medicamento antiviral de cariz experimental, de seu nome brincidofovir.

Este pertence à Chimerix Inc, e foi aprovado com carácter de emergência pela U.S. Food and Drug Administration a pedido dos médicos. Foi assim a primeira vez que este medicamento foi utilizado para tratar o vírus Ébola.

Após uma subida baseada nas expectativas de cura, o doente acabou por morrer hoje. Como consequência, para já a Chimerix Inc segue com uma quebra de cerca de -11%. Relembramos, que são perdas potenciais, algo que já foi discutido neste artigo.

Este caso de estudo é um exemplo de quando as expectativas não são correspondidas. Além disso reflecte ainda a volatilidade a que nos sujeitamos quando se investe numa única empresa, não diversificando por várias. Imaginando um fundo de acções do sector de saúde, a queda será muito menor, pois o risco está diluído por várias empresas dessa mesma área. 

Todavia se o paciente ficasse curado devido ao medicamento, e assim sendo, este se revelasse eficaz contra o Ébola provavelmente tinha achado um grande negócio, com enorme potencial de valorização.

Como em tudo, quanto maior o risco, maior o potencial de ganho, mas também a possibilidade de perda.